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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Educação

Ao que parece, a educação foi focada no congresso do CDS com alguns dos membros do partido a defenderem o fim da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Como devem calcular não acompanhei o congresso. Costumo ficar completamente offline ao Sábado e ao Domingo, logo estou apenas a basear-me pelo que li na imprensa e na blogosfera.

Tenho a dizer que concordo. Se por um lado o futuro de qualquer país é a educação, por outro existem pessoas que têm jeito para a coisa e outras não, há as que trabalham para aprender e outras que preferem enveredar por outro tipo de atividades que não exijam um nível de educação tão elevado. Depois temos ainda a questão da motivação: Se o Zézinho não gosta da escola no 9.º ano não irá gostar no 10.º. O ensino obrigatório no secundário acaba por ser completamente anti-natura e leva os jovens que não querem aprender a perturbarem o bom funcionamento da turma.

Agora vem a dimensão mais importante: O livre arbítrio. Deve caber ao Estado formar os seus cidadãos (pelo menos é o que dizem os defensores do Estado Social), jamais deve caber ao Estado formar os seus cidadãos quando os mesmos não se mostram especialmente interessados. O ensino secundário pressupõe todo um conjunto de conhecimentos que estão um pouco além das coisas básicas que qualquer cidadão tem de saber para desempenhar uma qualquer atividade. Cá está, se partirmos do pressuposto que o Estado deve fornecer as ferramentas básicas para um cidadão conseguir, pelas suas capacidades, ter uma vida realizada começamos a entrar aqui num conflito. 

Ao contrário do que muitos dizem, a educação não trás felicidade. Por outro lado, poderá trazer infelicidade quando um aluno não se sente motivado para aprender, preferindo numa atitude de rebeldia faltar às aulas ou sublevar-se ao próprio sistema de ensino.

A imposição da instrução para lá do 9.º ano é totalmente anti-pedagógica e prejudicial não só para os que não querem aprender mas também para os restantes.

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