Num pequeno país plantado à beira mar qualquer
assunto se torna num tabu, desta vez apareceu o bicho papão das praxes.
Criou-se um movimento anti-praxe, por muitos que nem sabem o que realmente é a
dita cuja... Parece-me perigoso fazer tais julgamentos a quente, como tal deixo
aqui umas pequenas notas sobre a praxe académica.
Neste momento se formos questionar a maioria das
pessoas sobre a praxe, estes vão insinuar que é perigosa, uma coisa
maquiavélica. Mas isto será verdade ou assim tão linear? Corro o risco de ser
insultado ou ignorado mas a praxe é para quem quer e não serve para inserir
ninguém. É um exercício onde os trajados se riem dos caloiros mas ao mesmo
tempo criam uma espécie de ligação que perdura.
Criou-se um mito tão grande ao se dizer que quem não
é praxado não vai ser inserido, são todos inseridos, apenas uns poderão praxar
e os outros não. Quero deixar isso claro, só é praxado quem quer e quem
pretende praxar. Sujeitam-se a fazer cenas pois ambicionam passado um ano estar
na posição de praxantes não porque querem ser inseridos.
Mas podem dizer, são vítimas de maus tratos ou de
abusos… Será que são? Cada um é livre de fazer o que quiser. É tão culpado o
que praxa como o indivíduo que é praxado. Defendo a praxe, desde que cada um
saiba a sua posição e as regras. Se quem praxa não souber os caloiros que
recorram às ditas instâncias da praxe na academia.
Os caloiros não podem ser mansos, devem conhecer os
seus direitos, nem o desejo de praxar ou subir na hierarquia lhes pode tirar a
dignidade. Devo salientar que em qualquer caso é tão livre o trajado de mandar fazer
como o caloiro de obedecer. Ninguém é obrigado a fazer o que quer que seja…
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