Este texto pode ferir susceptibilidades, mas o que é
certo é que todos nós temos amigos destes…
Uma das coisas que mais gosto me dá ouvir, são as
pessoas a falar de whisky! A chamarem-lhe uiseke ou whiskes, isto não é a
comida de gatos! Provavelmente é a melhor bebida alcoólica existente no
mercado.
Para estes degustadores e bastante entendidos na
matéria decidi dedicar-lhe uma série de seis textos para depois poderem falar, primeiro aprenda alguma coisa.
De referir que todos os artigos que vão compor esta saga foram inspirados no LIVRO DO WHISKY de Charles McLean.
De referir que todos os artigos que vão compor esta saga foram inspirados no LIVRO DO WHISKY de Charles McLean.
A história do
whisky
Inicialmente o whisky era denominado como uisge, uma
abreviatura de uisge beatha. A palavra provinha do gaélico e significava água
da vida, tanto que antes do século XVIII os escritores o definiam como
usquebaugh ou aqua vitae.
A produção desta bebida na Escócia resulta de tradições
ligadas ao São Patrício da Irlanda no século IV a.c., sendo a destilação feita
por indígenas nas terras altas. Mais tarde, em finais do século XV há um
registo de um Frade de nome John Corr para produzir a aqua vitae a partir de
malte. Isto aponta para a produção ter um cunho monástico e fortemente ligado
ao uso medicinal, dai o nome água da vida.
Entre os séculos XVII e XVIII, e até 1820 a
destilação era uma actividade quase doméstica, havia poucas destilarias
profissionais. A fabricação artesanal era muito importante para a economia
rural, já que desta maneira a cevada que sobrava após a destilação, era dada ao
gado como sustento. Sabe-se que o whisky não era utilizado apenas para o
consumo caseiro, também como uma moeda líquida de grande valor.
O whisky é feito com os ingredientes mais
elementares: água e cevada, mas rapidamente adquire um papel central na vida
dos escoceses e irlandeses, torna-se uma bebida de celebração e cura. Aos hóspedes
davam uma para o caminho (deoch an doruis), e nos velórios usava-se como forma
de esquecer a morte.
Hoje em dia é um produto vital para a economia do
Reino Unido, ganha mais de 2.3 milhões de libras superando a maior parte da
indústria de comida e bebida no Reino Unido, que contribui com 1.9 milhões de
libras para a balança comercial.
De salientar que a mistura de whiskys, blending, foi
conseguida há mais de 180 anos por John Walker, foi revolucionário criando o
whisky Blended. Propôs-se conseguir uma mistura, em que o sabor e intensidade
não tivessem igual. Foi o mais vendido, alcançando mais de 120 mercados
mundiais até fim a 1ª Guerra Mundial. Neste momento, Johnnie Walker Red Label,
é o whisky mais popular e consumido no mundo e está disponível em mais de 200
países e vende mais de 10 milhões de caixas de 9 litros por ano.
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