Já lá vão vinte e nove meses após a assinatura do
memorando de entendimento com a troika, mas esta parece ser a altura crucial
para Portugal, é uma situação crítica. Estamos forçados a assumir uma posição.
Sabemos que Portugal, com serias dificuldades,
conseguiu cumprir todo o memorando até ao momento, isto teve implicações numa
queda das taxas de juro a 10 anos, porém neste preciso momento estão em níveis
muito perigosos, acima dos 7%, taxas com as quais Portugal foi obrigado a pedir
o resgate. Tudo isto coloca-nos numa posição de fragilidade, podendo fazer um
paralelismo, ou nos aproximamos da Grécia e somos obrigados a um novo resgate,
ou por oposição aproximamo-nos da Irlanda que está próxima de conseguir
recuperar a soberania económica. É um equilíbrio muito ténue.
Basicamente quero dizer que estamos dependentes da
oitava e nona avaliações e suas conclusões. Como ficou esta avaliação?
Tudo indica que vamos mesmo ter que sofrer um ajuste
nas metas que permitam assim continuar sem um novo resgate, todavia as taxas de
juro podem indicar o contrario. Desde a instabilidade politica que se viveu em
Junho que os credores ficaram com receios relativamente ao nosso país, além de
terem outros países para investirem com menor risco de incumprimento.
Vamos esperar por bom senso de todos e que
compreendam que o país está a fazer grandes esforços para conseguir livrar-se
da troika.
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