Falar do Papa Francisco em 2013 é como falar do Pai Natal na época natalícia. Por muito que tentemos "não falar" a verdade é que não conseguimos. O Papa Francisco beija um senhor com uma doença rara, o Papa Francisco não quer cruzes de ouro, o Papa Francisco já foi porteiro numa discoteca, o Papa Francisco não quer sapatos vermelhos de gosto duvidoso, o Papa Francisco isto, o Papa Francisco aquilo.
Admiro a figura de Francisco, contudo acho que a mesma teve uma alavancagem considerável devido ao facto do seu antecessor ser muito muito mau. Já ninguém se lembra de Bento XVI, o tal do sapatinho vermelho; o elitista alemão que liderava a Congregação para a Doutrina da Fé ou, noutras palavras mais durinhas, a Inquisição dos tempos modernos.
Francisco parece-me um excelente Papa, no entanto a verdade é que não o podemos designar como um Papa revolucionário que irá mudar a Igreja de ponta-a-ponta. As reformas feitas até ao momento na Igreja após a entrada do novo Papa foram diminutas para não dizer quase inexistentes. É certo que criou-se uma nova áurea de fé e mobilização de fiéis mas...reformas de fundo, nada!
O futuro da Igreja Católica parece-me um pouco cinzento, a verdade é que a instituição não consegue atrair fiéis devido essencialmente a crenças um pouco obscuras e que em nada se adequam aos tempos correntes. Esperemos que Francisco consiga entender isso e que os lobbies no interior do Vaticano não sejam mais fortes que o próprio Chefe dos católicos. Esperemos pelo futuro porque no presente...nada se passa.
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