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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Das más notícias estamos todos fartos

Portugal está a dar sinais de recuperação. Desenganem-se aqueles que acham que a recuperação foi conseguida com mérito do Governo. Julgo que não o foi; a austeridade não reduz o desemprego, tampouco estimula a economia. Ainda assim, temos visto nos últimos tempos a economia a crescer (fruto da excelente balança comercial que temos) e o desemprego a diminuir, de forma muito ténue é certo, mas, ainda assim, a diminuir. 

A queda de 16,4 para 15,6 deve ser assinalada. Não só porque representa um sinal importante de vitalidade económica mas também porque a descida em 0,8% dos números do desemprego é bastante representativa. Na conjuntura em que o país está, conseguir esta recuperação é verdadeiramente notável. Sim, a emigração contribuiu para isso mas, que eu saiba, não foi só nos últimos trimestres que os portugueses decidiram sair do país de forma massiva. A tendência para procurar melhores condições de vida fora já se mantém pelo menos desde a primeira década do século XXI. 

Como disse anteriormente, nada disto é fruto das políticas do Governo. O crédito deve ser dado na sua totalidade às empresas nacionais e ao espírito de iniciativa dos portugueses que, em tempo de crise, conseguiram reinventar uma série de negócios, inovando. A aposta na qualidade e na inovação são, para mim, dois fatores determinantes no que concerne a estas boas notícias que nos vão chegando. Portugal está no rumo certo mas pode crescer muito mais. Um Governo que retire grande parte da carga fiscal das empresas tornando-as mais "respiráveis" é fundamental, muito mais que aliviar a carga fiscal do cidadão comum. 

Fonte: Público Online

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